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Teixeira de Freitas, 12 de setembro: A população de todo o país já começa a ficar preocupada, pois, os Correios entraram em greve por tempo indeterminado em várias regiões. Em Teixeira de Freitas, nesta quarta-feira (11), diversos trabalhadores da empresa foram às ruas reivindicar seus direitos.

 

De acordo Valnice Lopes de Jesus Sena, diretora do Sincotelba, “os Correios são empresa com 356 anos de história, que existe por força da Constituição Federal e determina a competência da União a manter o serviço postal em todo o país. Uma estatal presente nos 5.570 municípios brasileiros, os quais exercem serviços de excelência e notória importância para a população, como entrega de livros didáticos na escolas públicas, entregas de urnas eletrônicas em algumas capitais, entrega de remédios e vacinas para hospitais e postos de saúde, dentre outros numerosos serviços. Dada toda essas questões essenciais, infelizmente, iniciamos uma greve a partir das 22h desta terça-feira (10), motivada por falta de acordo nas negociações com a própria empresa, por tempo indeterminado em todo o Brasil”, disse Valnice.

 

A diretora do Sincotelba ainda relata que os Correios são uma empresa autossustentável e que os trabalhadores possam se conscientizar de toda a importância que a estatal tem na sociedade. “Com isso, nós precisamos de melhores condições de trabalho, estamos tendo algumas limitações de nossas funções, por exemplo, há anos que a cidade pratica a modalidade de serviço BDA, que significa entrega alternada, em que o carteiro só passará a cada dois na sua rua. Isso se explica pela falta de funcionários na região, já que tem muito tempo que teve concurso público. Com isso, o serviço em Teixeira de Freitas torna-se deficiente, já que de 58 bairros, 07 deles estão sem entrega, como o Antônio Costa Filho, Castelinho I e II, Ramalho, Padre José I e II, uma parte do bairro Ouro Verde, dentre outros”, relatou Valnice.

 

Ultimamente, inúmeras agências do Correios têm decretado o seu fechamento em algumas cidades do Brasil, assim como o fechamento de bancos postais e várias cidades pequenas. “Com essa ideia de privatização da estatal, é a população que vai sofrer as consequências, como, por exemplo, alta taxa de entrega”, concluiu a diretora.

 

Segundo um trabalhador dos Correios de Teixeira se diz muito preocupado com toda essa situação, “tenho 22 anos de Correios, jamais fiz greve. Só que desta vez, a situação está muito pior, não tem conversa, eles só ofereceram 0,8% de aumento, a inflação de julho do ano para este ano foi de 3,2%, ou seja, isso não é nem a reposição da inflação. É uma defasagem enorme do nosso salário, querem diminuir os nossos tickets e tirar direitos conquistados a anos e anos. Então, está tudo muito difícil, tomara que se resolva isso, estamos muito chateados pelo que vem acontecendo”, argumentou ele.

 

Por: Vida Diária / Robson Dias e Mirian Ferreira

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